há quase um ano foi assim:
Era uma vez, há muitos, muitos anos, um menino chamado Rudolfo que todos os anos escrevia ao Pai Natal uma carta com um só pedido:
“- Meu querido Pai Natal,
Como sabes este ano eu portei-me muito bem, por isso queria-te pedir um presente para mim muito especial, queria que me deixasses ajudar-te a distribuir os presentes na noite de Natal.
Muito obrigado e Feliz Natal para ti, para a Mãe Natal e para os Natalinhos,
Rudolfo”
Mas o Pai Natal dava-lhe sempre um outro presente, ora uma bicicleta, ora uma trotineta, mas nunca o que o Rudolfo lhe pedia!
Todos os anos era sempre a mesma coisa, e o Rudolfo de ano para ano ficava cada vez mais triste. Os Pais bem lhe diziam que o Pai Natal não fazia por mal, mas ele não acreditava. Até que um ano não escreveu a sua cartinha…
Ora, no Pólo Norte, o Duende Carteiro ficou muito preocupado por não haver nenhuma cartinha do Rudolfo, e foi logo a correr ter com o Pai Natal a contar o sucedido… este, decidiu descer à terra e ir falar com o menino para lhe explicar porque não podia satisfazer o pedido dele.
“- Rudolfo, eu sei que tu andas muito triste por eu não te dar a única coisa que tu me pedes mas, como tu bem sabes, eu não posso levar ninguém comigo no trenó. Eu sou assim para o gordinho e o saco mágico dos brinquedos é muito pesado, tu sabes que são milhões de brinquedos que lá vão dentro, não sabes?”
“- Ó Pai Natal, mas eu sou pequenino e magrinho, e dava-te uma grande ajuda, porque como sou assim consigo entrar naquelas chaminés modernas que são mais apertadinhas! Vá lá, vá lá, deixa-me lá ir contigo, e juro-te que nunca mais te peço nada! – pediu o Rudolfo quase à beira das lágrimas.”
O Pai Natal ficou um bocadinho a pensar na proposta do Rudolfo, mas mesmo assim não dava, o trabalho do Pai Natal só pode ser feito pelo próprio Pai Natal… mas, talvez… sim podia-se talvez fazer qualquer coisa…
“- Rudolfo tive uma ideia, mas primeiro tenho que falar com a Bruxa Boa do Pólo Norte para ela nos dar uma ajudinha.”
E, assim, o Pai Natal deixou o Rudolfo muito excitado e foi à procura da Bruxa Boa. Quando esta ouviu a ideia do Pai Natal, achou que se podia fazer, e, lá foram os dois ter com o menino para lhe contarem o que tinham decidido.
“- Rudolfo, só há uma hipótese mas nós achamos que tu vais gostar. Então, é assim, no dia 24 de Dezembro, todos os dias 24 para sempre, tu vais ter connosco ao Pólo Norte, mas logo de manhãzinha, e então serás transformado numa Rena! O que é que achas?”
“- Numa Rena? Como é isso” – perguntou o Rudolfo muito interessado.
“- Sim, numa Rena.” – Disse o Pai Natal – “Mas não numa rena qualquer, serás a Rena principal, e para isso, para te distinguires das outras renas terás um nariz vermelho luminoso! O que achas desta ideia?”
“- É uma ideia maravilhosa! Hurra!” – gritou o Rudolfo.
E foi assim que o desejo do Rudolfo foi finalmente concedido, e é por isso que ainda hoje a Rena mais animada que puxa o trenó do Pai Natal tem o narizinho vermelho, pois não é outra senão o Rudolfo!
FIM
História inventada por Pedro Rosado e Ana Carla Rosado no dia 06 de Dezembro de 2008 quando iam a caminho do treino de futebol...